Por Rodolfo Luís Pereira, Enterprise Solutions Director na Noesis
O mundo mudou e com ele as organizações e a própria sociedade, no geral, foram obrigadas a reinventar-se. A crise impulsionada pela pandemia da Covid-19 veio acelerar ainda mais a transformação digital das empresas e dos seus respectivos negócios, obrigando-as a procurar novas soluções para dar resposta, quer às novas necessidades dos seus clientes quer aos novos hábitos de consumo e padrões comportamentais.
Desta forma, os desafios que esta pandemia trouxe às empresas irão deixar uma marca na história e a tecnologia terá um papel fundamental para uma rápida adaptação ao “novo normal”. O trabalho remoto ou os home-office mostraram que, através da disciplina, é possível ser produtivo mesmo a trabalhar à distância. Durante todo este período, foi possível adaptarmo-nos a uma nova realidade e percebemos que ferramentas de comunicação, através da internet, podem ajudar nas tarefas diárias.
Ultrapassado o impacto inicial, as organizações enfrentam agora os desafios do “desconfinamento”, que se quer gradual e regulado. Temos assistido a alterações legislativas constantes, definição de novos horários de funcionamento dos espaços, regras distintas em função de diferentes geografias, lotações máximas, distanciamento social obrigatório, etc, o que obriga as empresas e instituições que gerem espaços públicos a uma rápida adaptação. É necessário, por um lado, ajustar esses espaços às novas regras e, por outro lado, monitorizar a aplicação das mesmas. Uma das medidas instauradas pelo Governo, para dar resposta à Covid-19, é a proibição de ajuntamentos e aglomerações de pessoas. Mas, como podemos evitar isso se, por exemplo, as finanças estão sempre cheias? Ou numa fila de supermercado? Como reabrir os nossos museus? Salas de espectáculos? Lojas?
É aqui que as soluções tecnológicas fazem, novamente, a diferença. Proporcionar a melhor experiência possível ao cliente que se dirige ao nosso espaço comercial e conseguir ajustar essa experiência de forma ágil e em função das necessidades é fundamental.
Imagine um sistema capaz de criar senhas virtuais, identificar o número de clientes ou visitantes em loja, evitar filas e tempos de espera. Não tornaria tudo mais simples?
Neste contexto, existem soluções que permitem gerir filas virtuais e evitar filas físicas ou aglomerações de clientes e gerir a experiência de visita ao espaço de forma totalmente digital, integrada com os dispositivos móveis dos clientes e sem necessidade de contacto físico. Estas soluções permitem gerar “senhas” virtuais, notificar os utilizadores quando chega à sua vez ou agendar visitas, por exemplo, transmitindo a confiança e segurança necessária neste “novo normal” ao visitante, bem como aos seus colaboradores e permitindo uma gestão eficaz e de acordo com as exigências legais e sanitárias.
Por outro lado, possibilita também melhorar processos, garantindo maiores níveis de eficiência na gestão dos espaços e dos próprios recursos humanos necessários, dimensionando a resposta em função das necessidades. Medir, monitorizar, ajustar e assegurar, por exemplo, que todos os colaboradores de loja têm acesso às mesmas informações, em tempo real, sobre número de pessoas em loja, entre outros indicadores. Estas funcionalidades asseguram uma melhor coordenação entre os funcionários do espaço, para além de, igualmente importante, permitir também às organizações melhorar os rácios de custos e efectividade de espaços em trabalho físico ou remoto, interligando dispositivos e sensores de forma inteligente (IOT).
Vivemos, portanto, novos tempos, de aceleração digital, de digitalização dos negócios, de novas formas de fazer negócio, novas formas de vivermos enquanto sociedade, novos hábitos de consumo e de interacção social.
E a sua empresa? Já iniciou a adaptação ao “novo normal”?
*Artigo publicado na Executive Digest.