Luzes e Tecnologia
NOESIS NOS MEDIA
12 fevereiro 2022

Em casa de “techies”, espeto digital


Será que podemos (finalmente!) começar a «matar» as ‘newsletters’ corporativas e a reduzir drasticamente o número de ‘e-mails’ internos?

Por Ricardo Rocha, Marketing & Communications Director da Noesis
 
O mundo das TI (tecnologias de informação) está a atrair, cada vez mais, jovens talentos. De acordo com o estudo «World’s Most Attractive Employers 2020», da Universum, consultora especialista em ‘employer branding’, a área das tecnologias tem vindo a subir no ‘ranking’ de preferências dos universitários, principalmente dos cursos de Engenharia e Informática. A principal razão? Poder posicionar-se na linha da frente da inovação. 
 
Ainda assim, fazer parte do universo das TI não é uma garantia para atrair e reter profissionais. Na última década, vários especialistas têm vindo a alertar para a escassez de recursos humanos na área da tecnologia. Numa das mais inspiradoras Ted Talks sobre recursos humanos, Rainer Strack, especialista na área, defende que em 2030 as maiores economias mundiais vão ter mais vagas de emprego do que talentos para as preencher. A pandemia veio acelerar este desfasamento ao impor a transformação digital das empresas. E não há fim à vista. 
 
Neste contexto, a competitividade pelos melhores profissionais tem aumentado especialmente no sector das tecnologias. Independentemente do sector de atividade onde opere, ganhará esta «guerra pelo talento» quem apostar em estratégias de ‘employer branding’ para reter e atrair talento. 
 
E a tecnologia está também a ajudar a dar resposta a estes desafios. As ferramentas de ‘employer engagement’ como o Workplace do Facebook, MangoApps ou o recém-lançado Microsoft Viva, são um excelente exemplo de como a tecnologia pode ser um excelente aliado do ‘employer branding’ e da comunicação interna. Estas ferramentas de comunicação permitem que os colaboradores estejam conectados, utilizando recursos familiares, que já utilizam no seu dia-a-dia, como grupos de interesse, salas de ‘chat’ e transmissão de vídeo, fomentando, por um lado, o trabalho colaborativo e, por outro lado, a proximidade com a organização, especialmente num momento em que o futuro do trabalho aponta cada vez mais para um modelo híbrido. 
 
Também a aposta na criação de raiz de ‘mobile apps’ que permitam apoiar as equipas no seu trabalho e na sua interação com a organização, apoiando-os em questões funcionais (marcar um lugar no escritório, reservar lugar no refeitório, entre tantas outras funcionalidades), burocráticas, mas também no ‘engagement’ com a empresa, são tendência e procuram fazer o ‘match’ perfeito entre as necessidades das equipas e os seus hábitos de «consumo». 
 
No fundo, a premissa é simples: tal como no negócio, onde as organizações investem cada vez mais no digital e na ‘customer experience’, também na vertente das pessoas é fundamental investir nestes formatos, no posicionamento da marca enquanto empregador e… na ‘employer experience’. Desta forma, é possível chegar a um maior número de colaboradores, de forma mais rápida e proporcionando uma melhor experiência no acesso à informação, ou qualquer outro tipo de apoio que necessite, onde, quando e como se quiser. 
 
O investimento nestas soluções é também determinante para uma lógica de comunicação mais transparente, bidirecional, permitindo a recolha de ‘feedback’ dos colaboradores praticamente em tempo real. Uma estratégia ‘win-win’: ganha a empresa, que garante maior produtividade, eficiência e uma cultura saudável, e ganha o colaborador, com uma melhor experiência na sua jornada na empresa. 
 
Será que podemos (finalmente!) começar a «matar» as ‘newsletters’ corporativas e a reduzir drasticamente o número de ‘e-mails’ internos?